Apresentação

A iniciativa leva ao público feminino o conceito de saúde de acordo com orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), sob referência dos princípios e diretrizes de prevenção, proteção e promoção da saúde da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) do Sistema Único de Saúde (SUS), lançada pelo governo federal em 2004.

Objetivo

A intenção é tratar a saúde preventiva de doenças indicadas pelo Ministério da Saúde e seus impactos no cotidiano da vida das mulheres, quais sejam: doenças sexualmente transmissíveis e Aids (DSTs/Aids), sedentarismo, diabetes, tabagismo, alcoolismo e câncer de mama e do colo do útero.

Além disso, a oficina esclarece garantias legais em saúde da mulher e ressalta a visão de alteridade e consciência cidadã, abrangendo direitos sexuais e direitos reprodutivos no âmbito do programa Rede Cegonha, com informações sobre leis federais e distritais no campo dos direitos humanos e da proteção da mulher contra a violência doméstica no contexto da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006).

Formato

A dinâmica conta com materiais educativos e uma peça anatômica de esqueleto humano de tamanho natural, conhecida como Esqueleta.

O método utilizado é o de observação participativa, no qual a mulher é encorajada a assumir os comandos do próprio corpo na dimensão pessoal e coletiva, numa atitude autônoma e independente, como reforço de sua identidade feminina.

O formato oficina contempla um ambiente que permita a um grupo de até 30 mulheres conhecer o próprio corpo e redescobrir o repertório de aptidões e habilidades, de acordo com ideais de autoconhecimento, autocuidado e autoestima, para assim refletir sobre o significado do que vem a ser autonomia e emancipação em saúde.

A dinâmica faz com que o corpo seja problematizado em sua condição relacional, ou seja, da mulher consigo mesma, dela com seus semelhantes e dela em seus ambientes de convívio, que são ambientes de poder. O próprio corpo é um ambiente de poder e o comando dessa estrutura, desse instrumento, na análise inter-relacional do ambiente doméstico, estudantil, profissional e no lazer, permite a ela atuar de forma consciente e intencional em busca da transformação de uma realidade adversa.

É destacada a importância dos vínculos de afetividade, entendidos como atitudes de sentimento e união do ser humano com a vida e com a natureza, humana ou animal, no sentido da proteção de uma riqueza de grande proporção.

Orienta-se que a construção do ser feminino e do ser masculino, ou seja, a compreensão do que vem a ser gênero, passa pela percepção de que antes de ser homem ou ser mulher as pessoas são seres humanos e, antes disso, são seres vivos. É papel de todos a defesa e a proteção da vida em sua amplitude, sem permitir que diferenças físicas, biológicas e sociais, como sexo, cor da pele, idade, classe social e aparência física, sirvam como justificativa para situações de violência, opressão, discriminação e arbitrariedades observadas em nossa sociedade.

O encontro procura mostrar que o resgate do humano na mulher e no homem representa agregar significado à vida de cada um. Diferenciam-se concepções de sexo, gênero, sexualidade e subjetividade.

Por meio do processo de análise, reflexão e síntese de conceitos dos cuidados com a saúde, a mulher alcança e compreende a dimensão física (condição fisiológica), emocional (equilíbrio, satisfação pessoal), social (habilidade de convivência em grupo, atividades sociais, de lazer, cívicas, comunitárias) e espiritual (sentido da vida, valores, crenças religiosas) do que representa ter saúde.

Com auxílio de data show, ilustram-se no corpo humano os sistemas: Nervoso Central e Periférico, Hormonal, Reprodutor, Cardiorrespiratório, Digestório, Linfático, Límbico e Musculoesquelético.

Público

A oficina pode ser oferecida para mulheres a partir de 14 anos, com quaisquer níveis de escolaridade.